quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Dores no pescoço: quiropraxia e exercícios são mais eficazes do que medicamentos

Dores no pescoço podem ser incômodas e persistentes. Segundo dados da Escola Nacional de Saúde Pública, da Fundação Oswaldo Cruz (Ensp/Fiocruz), cerca de 5 milhões de brasileiros sofrem diariamente com o problema. Publicado no “The Annals of Internal Medicine”, um estudo norte-americano indica que a prática de exercícios simples e tratamento quiroprático -  que consiste na manipulação e ajustamento da coluna cervical - apresentam resultados melhores do que medicamentos no tratamento de dores no pescoço. 

A nova pesquisa analisou 272 adultos com dores persistentes na região do pescoço. Os voluntários foram divididos em três grupos: o primeiro foi submetido a sessões regulares de quiropraxia com profissional especializado. O segundo grupo ingeriu analgésicos, como paracetamol, e relaxantes musculares para cessar as dores. Já o terceiro grupo de voluntários praticou exercícios para o pescoço de simples execução, sob orientação de um fisioterapeuta, em casa.

Medicamentos são menos eficazes na redução da dor.

Em três meses de análise, os voluntários dos dois grupos que não consumiram medicamentos apresentaram melhora significativa quando comparados àqueles que ingeriram remédios para dor. Entre os voluntários que não ingeriram remédios para a dor, 57% dos que foram submetidos a tratamentos com quiropráticos e 48% dos voluntários que praticaram exercícios simples relataram redução de 75% das dores no pescoço. No grupo que consumiu analgésicos e relaxantes musculares a diminuição da dor não ultrapassou 33%. 

Os pesquisadores ainda alertam que o uso prolongado de medicamentos para redução de dores no pescoço pode causar problemas gastrointestinais. Também chamada de cervicalgia, as dores no pescoço são apontadas pela Ensp/Fiocruz como a maior causa para afastamentos no trabalho.


Por Renata Demôro

terça-feira, 18 de setembro de 2012

QUANDO O PROBLEMA VEM DA COLUNA...

Poucos sintomas atormentam tantas pessoas como dores nos ossos e articulações. Elas resultam de esforços repetitivos, posturas erradas e tensão, da falta de exercícios físicos e do excesso de peso. Quem quiser evitar danos permanentes, deve se prevenir com antecedência.
Estratégias contra o "pescoço duro"
Anualmente, entre 30 e 50% de pessoas de sociedades industrializadas queixam-se de dores nas vértebras da coluna cervical. Em decorrência desses sintomas, entre 11 e 14% dos casos registram limitação de movimentos. Como os órgãos dos sentidos localizados na cabeça são unidos com o restante do aparelho locomotor por meio da coluna cervical, os bloqueios que ocorrem na região do pescoço prejudicam toda a coordenação motora do corpo.

Na realidade, a coluna cervical é a parte de maior mobilidade do eixo central do corpo humano. Entretanto, nessa região os nervos raquidianos, que saem da medula espinhal e são responsáveis pelos braços, a cabeça e o tronco, estão muito próximos do entrelaçamento dos neurônios do sistema nervoso vegetativo e das artérias vertebrais que irrigam o cérebro. Movimentos bruscos, rigidez muscular e a pressão dos discos intervertebrais, ou ainda excrescências ósseas nas vértebras, contribuem rapidamente para uma compressão. Nessas eventualidades ocorrem as dolorosas síndromes da coluna cervical, que podem, inclusive, acarretar perigosas paralisias.

MÚSCULOS CONTRAÍDOS
Mulheres são afetadas por dores na nuca com maior frequência, e mais cedo na vida, do que os homens. Elas frequentemente exercem profissões que exigem uma postura que não é natural, por exemplo, à escrivaninha, diante do computador, ou na operação de máquinas industriais. O constante movimento para cima e para baixo da cabeça contrai os músculos trapézios, em forma de leque, que unem entre si a parte traseira da cabeça, as vértebras cervicais, as clavículas e as omoplatas. O tono muscular mais elevado provoca dores que se irradiam até os braços, a cabeça e o esterno. Essas contrações são chamadas de "síndrome cervical local".

Quando nervos raquidianos comprimidos são a origem das dores, fala-se de "síndrome cérvico-braquial". As causas podem ser uma arqueadura para a frente do anel fibroso do disco intervertebral, ou uma nova formação de matéria óssea nas bordas das extensões vertebrais cervicais, parecidas com ganchos. De acordo com a ramificação nervosa que está sendo comprimida, as dores se irradiam, mas a pessoa afetada também pode sentir formigamentos e falta de sensibilidade até os dedos.

Quando as artérias vertebrais ou o canal raquidiano são pressionados, ocorrem fortes crises de dores de cabeça, parecidas com enxaquecas, acompanhadas de sensações de tontura, zumbidos (tinnitus), além de perturbações visuais e de deglutição. Mas, ao contrário da verdadeira enxaqueca, nesses casos a intensidade da dor depende da postura da cabeça.

NADA COM VIOLÊNCIA
Síndromes cervicais e dores nos ombros são tratados inicialmente de modo conservativo, com aplicação de calor (banho quente, bolsa de água quente, um xale de lã) e medicamentos (analgésicos e relaxantes musculares, além de produtos contra inchaços). Isso melhora por pouco tempo o estado de irritação local, alivia a vértebra afetada e relaxa a musculatura contraída. A pressão também pode ser aliviada por meio da tração manual da coluna cervical, ou com a ajuda do chamado "colar de Glisson", aplicados por fisioterapeutas ou médicos. Massagens são recomendadas apenas quando a fase mais aguda da dor já cedeu. Na quiropraxia, são permitidas suaves manipulação de extensão, enquanto a manipulação da espinha cervical, que envolve uma enérgica torção do pescoço, deve ser evitada a todo custo. A acupuntura pode tirar as dores.

OPERAR SÓ EM CASO DE URGÊNCIA
Quando as dores são agudas, em geral injeções ajudam: raízes nervosas irritadas são acalmadas com anestésicos de efeito local; inflamações são reduzidas com soluções esteroides de cloreto de sódio. Mas nesse caso, é particularmente importante que a agulha seja introduzida corretamente, uma vez que, em situações raras, podem ocorrer lesões da pleura ou até um colapso pulmonar.

Os médicos tornaram-se mais cautelosos em relação a cirurgias da coluna cervical. Às vezes, elas são necessárias após acidentes ("síndrome do chicote"). Em todo o caso, elas são indicadas apenas quando as dores são insuportáveis, e quando há o surgimento de paralisias (após um prolapso do disco intervertebral) ou a ameaça de danos duradouros na medula espinhal. Nesses casos existe o perigo de que veias e artérias vitais de irrigação possam ser interrompidas. Nas chamadas cirurgias de descompressão, protuberâncias ósseas resultantes da artrose são lixadas ou as vértebras são "amarradas" entre si para que sejam estabilizadas (é a chamada "fusão"). Para isso, cavilhas de ossos substituem discos intervertebrais. Mas esses tipos de intervenções estão bem no fim da lista das tentativas terapêuticas (ultima ratio, expressão latina que pode ser trazida por 'último argumento', 'última opção').

NADAR E DESCONTRAIR
Exercícios isométricos para o fortalecimento da musculatura da nuca, natação regular de costas, frequentes pausas durante trabalhos realizados à escrivaninha, uma posição saudável ao dormir (evitar travesseiros muito cheios e grandes e não deitar de bruços!) e um guidão não muito baixo na bicicleta podem proteger o pescoço de danos e lesões.
A COLUNA CERVICAL
A SÍNDROME CÉRVICO-BRAQUIAL persegue os afetados até no sono. Nesse caso, as dores descem do pescoço passando pelo ombro e chegam até a mão. A causa frequentemente é o encolhimento (atrofia) dos discos intervertebrais, cuja função amortecedora diminui, expondo as vértebras a pressões maiores. Estas, por sua vez, reagem com a formação de novos tecidos ósseos. Resultado: hérnias ou calcificações (osteófitos, vulgarmente chamados de "bicos de papagaio") que aparecem nas bordas das vértebras endurecem o pescoço e pressionam os nervos espinais bem como a medula. Medidas preventivas: treinamento muscular e redução de estresse

A COLUNA LOMBAR
TUDO COMEÇA COM a protrusão, a projeção para frente do disco intervertebral. Ela resulta de uma pressão excessiva sobre a col una vertebral inferior, a região lombar. O núcleo pulposo, gelatinoso, do disco intervertebral começa a pressionar cada vez mais contra a parede do anel fibroso que o encerra. Formam-se pequenas rupturas e, em dado momento, o anel se rompe (prolapso): o núcleo pulposo é expelido para o interior raquidiano e comprime os nervos. Ou pode ocorrer uma hérnia sequestrada: quando um fragmento herniado migra para cima ou para o interior do forame. Recomendação para estes casos: fortalecimento e reconstrução da musculatura costal.

DESGASTE PRECOCE
Nossos amortecedores se desgastam rapidamente. Enquanto em uma criança pequena os discos intervertebrais ainda são alimentados com nutrientes por meio de vasos sanguíneos, essas canalizações de abastecimento se perdem em razão da pressão do aprender a andar. A partir desse momento, o disco intervertebral tem de se alimentar por osmose: ele suga seminutrientes de suas proximidades, e expele novamente produtos residuais resultantes - uma transformação que, nitidamente, piora a qualidade de seus tecidos e o sistema de alimentação. Além disso, o teor de água no núcleo do disco intervertebral cai de 90% no primeiro ano de vida para 75% na oitava década. A redução da capacidade amortecedora e diminuição da absorção de nutrientes já levam, a partir dos 30 anos, a um desgaste progressivo. Aos poucos o disco intervertebral vai murchando e acaba secando. O seu anel fibroso pode se romper e partes do núcleo gelatinoso se projetam para fora dele pressionando os nervos próximos.

APERTO ARRISCADO
Na área da coluna vertebral inferior nervos espinais, ou raquidianos, saem dos chamados forames intervertebrais (as aberturas formadas pela articulação de duas incisuras vertebrais) que se estendem pela bacia e as pernas. Quando o corte transversal desses orifícios diminui porque nos inclinamos para o lado ou para trás e os maltratados discos intervertebrais não conseguem mais manter uma distância da vértebra, o espaço fica realmente apertado.

Setenta e cinco por cento de todos os problemas lombares originam-se precisamente aqui. Um abaulamento do disco intervertebral pode comprimir os nervos (a chamada protrusão); o núcleo gelatinoso do disco intervertebral pode ser completamente pressionado para fora de seu invólucro (prolapso); ou apenas uma pequena parte se separa e migra (sequestro). De vez em quando, articulações vertebrais são comprimidas e então friccionam dolorosamente (síndrome facetaria). Como todos esses processos ocorrem em um espaço altamente limitado, podendo tocar tangencialmente as fibras nervosas responsáveis por regiões muito maiores do corpo, o diagnóstico preciso muitas vezes é complicado. As chamadas "síndromes de dores não específicas" se irradiam por músculos e pele, pela região lombar e os pés, pela bacia e as articulações dos joelhos e podem, através de uma reação em cadeia, espalhar-se inclusive pelas regiões superiores do corpo. Hoje em dia, os procedimentos médicos de imagens são considerados menos elucidativos, porque as modificações que podem ser constatadas objetivamente na coluna vertebral e dores individuais raramente combinam. Muitas pessoas têm um problema de hérnia de disco (ou prolapso de disco intervertebral) e se dão conta disso.

Assim, muitas vezes as crises causadas por hérnias de disco ou outros problemas vertebrais só são tratadas de acordo com o procedimento de "tentativa e erro" (trial and error, em inglês): conservativamente com repouso ou ginástica e medicamentosamente com analgesia local através de injeções de procaína ou o emprego de corticoides (particularmente cortisona). A cirurgia aberta, na qual todo um disco intervertebral é extraído, dando origem a excrescências granosas, em geral é evitada. O procedimento padrão para retirar uma hérnia de disco, ou o tecido excedente de um disco intervertebral, é a microcirurgia, na qual os cirurgiões introduzem instrumentos e iluminação por um funil em uma pequena incisão e controlam a operação por meio de um microscópio. 
Fonte: Revista Geo (fisioterapia.com)

terça-feira, 11 de setembro de 2012

NTC Vertebral na BioCare

Em CarangolaNúcleo de Tratamento da Coluna Vertebral (NTC Vertebral), é encontrado na:



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Coluna Saudável

Alguns descuidos durante nossa infância e juventude, podem ocasionar diversos problemas na coluna, mas com pequenas atitudes no dia a dia podemos prevenir tais problemas.

A Coluna Vertebral, é a parte do nosso corpo que menos dá sinais de que esta sendo sobrecarregada e justamente por isso esquecemos de adotar medidas preventivas para evitar que ela venha a gerar sintomas nada agradáveis.

Cuidados com a postura na hora de sentar, apanhar um peso no chão e até mesmo deitar para dormir, poderiam ser suficientes para diminuir ou prorrogar doenças da coluna.

Manter uma vida com atividade saudável, com prática de exercícios físicos, incluir alongamentos na rotina diária para manter um corpo mais flexível,

  •  No trabalho: utilizar cadeiras com encosto não reclinável e com apoio para os braços, sempre manter pés no chão, quando for agachar manter a coluna ereta; 
  • Em casa: não dormir de bruço (de barriga para baixo) e não utilizar colchão muito mole; dormir sempre de lado
  • Se estudante: evitar o excesso de peso na mochila, sempre utilizar as duas alças da mesma e bem ajustadas.
O Fisioterapeuta Quiropraxista tem conhecimento necessário e pode ajudar na prevenção atuando na manutenção da boa mobilidade da coluna evitando áreas de fixação que geram compensações em regiões próxima provocando dores.

Chega de dores!
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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

PLANO DE SAÚDE x PARTICULAR x SUS

Quais são as reais diferenças entre os atendimentos de Fisioterapia? Saiba mais sobre cada tipo de atendimento antes de decidir qual é a forma de Fisioterapia que você irá escolher.
Muitos escutam os profissionais de Fisioterapia se queixando dos baixos salários da área, por outro lado, muitos profissionais estão satisfeitos com o valor que recebem. Mas qual é o real problema? Na realidade o problema são os valores repassados pelos planos de saúde e SUS. Ou seja, o problema da Fisioterapia acaba virando um círculo vicioso, onde se inicia pelos baixos valores repassados aos profissionais, para compensar, esse Fisioterapeuta terá que atender muitos pacientes por hora e o resultado disso é um tratamento não muito eficiente. Aí surge a fama de que “Fisioterapia não funciona”, “Fisioterapia não faz efeito”, “o Fisioterapeuta era ruim”...

E dá pra ser um ótimo profissional ganhando R$ 4,00 a hora? Sim, isso mesmo, o valor não está errado. Muitos recebem na média de R$ 4,00 por hora. Então, se o profissional resolver realizar um atendimento personalizando, como deveria ser, aos pacientes de plano de saúde, trabalhando 40 horas semanais, irá receber R$ 640,00 por mês. Esse é o valor que ele irá receber se fizer um atendimento como deveria. Isso porque não foi calculado as faltas de paciente. E aí vem a pergunta, é viável? É certo uma pessoa que fez quatro anos de faculdade pagando em média R$ 1.000,00 por mês e pós-graduada, receber, muitas vezes, menos que um salário mínimo?

É por isso que o profissional se obrigada a atende muitos pacientes por hora e com isso sim, às vezes a Fisioterapia não surge o efeito esperado pelo paciente e profissional.

Então, em um atendimento de plano de saúde, geralmente a sala tem mais pacientes realizando a Fisioterapia ao mesmo tempo. Cada um com um tipo de exercício de acordo com a patologia referida. A Fisioterapeuta fica a disposição para quando precisar dar o apoio. Não é possível criar um vínculo tão grande com o profissional igual ao atendimento particular. Os resultados demoram um pouco mais a aparecer e a clínica e o profissional são focados em conseguir quantidade. A manutenção dos equipamentos é constante e muitas vezes os pacientes acabam por não poder utilizar o equipamento, pois já está sendo utilizado.

O SUS não fica muito longe da realidade dos planos de saúde. A diferença é que em algumas regiões do Brasil, o SUS acaba pagando melhor que muitos planos. Outra diferença que pode ter é nos equipamentos utilizados, que podem ser muito antigos. Além disso, o sistema do SUS geralmente funciona por chamada. Por ter muitos pacientes realizando a Fisioterapia, muitas vezes não há vagas. Então o paciente deve esperar ser chamado para iniciar as sessões de Fisioterapia. Mas essa espera pode ser longa, piorando a situação da patologia.

O que vemos por aí é que por ter plano de saúde, os pacientes acabam não cogitando a ideia de fazer a Fisioterapia em clínicas particulares. Mas esquecem do fato que um tratamento particular acaba sendo mais personalizado. Muitos pacientes conseguem o resultado esperado em apenas 10 ou 20 sessões. O vínculo com o profissional acaba sendo maior, o que ajuda na hora de descobrir algo de errado (saber a história e a rotina do paciente é essencial para o tratamento). Os equipamentos por sua vez, podem ser mais modernos e mais calibrados e o foco desse profissional fica em alcançar a qualidade do atendimento e o resultado.

O que os planos de saúde e o SUS deveriam ter em mente é que os mais prejudicados pelo repasse mínimo aos Fisioterapeutas são eles mesmos. Com um atendimento sem ser personalizado, o paciente acaba por fazer mais sessões de Fisioterapia. Consequentemente, acaba dando mais gastos.
Fonte: Fisioterapia.com