segunda-feira, 3 de setembro de 2012

PLANO DE SAÚDE x PARTICULAR x SUS

Quais são as reais diferenças entre os atendimentos de Fisioterapia? Saiba mais sobre cada tipo de atendimento antes de decidir qual é a forma de Fisioterapia que você irá escolher.
Muitos escutam os profissionais de Fisioterapia se queixando dos baixos salários da área, por outro lado, muitos profissionais estão satisfeitos com o valor que recebem. Mas qual é o real problema? Na realidade o problema são os valores repassados pelos planos de saúde e SUS. Ou seja, o problema da Fisioterapia acaba virando um círculo vicioso, onde se inicia pelos baixos valores repassados aos profissionais, para compensar, esse Fisioterapeuta terá que atender muitos pacientes por hora e o resultado disso é um tratamento não muito eficiente. Aí surge a fama de que “Fisioterapia não funciona”, “Fisioterapia não faz efeito”, “o Fisioterapeuta era ruim”...

E dá pra ser um ótimo profissional ganhando R$ 4,00 a hora? Sim, isso mesmo, o valor não está errado. Muitos recebem na média de R$ 4,00 por hora. Então, se o profissional resolver realizar um atendimento personalizando, como deveria ser, aos pacientes de plano de saúde, trabalhando 40 horas semanais, irá receber R$ 640,00 por mês. Esse é o valor que ele irá receber se fizer um atendimento como deveria. Isso porque não foi calculado as faltas de paciente. E aí vem a pergunta, é viável? É certo uma pessoa que fez quatro anos de faculdade pagando em média R$ 1.000,00 por mês e pós-graduada, receber, muitas vezes, menos que um salário mínimo?

É por isso que o profissional se obrigada a atende muitos pacientes por hora e com isso sim, às vezes a Fisioterapia não surge o efeito esperado pelo paciente e profissional.

Então, em um atendimento de plano de saúde, geralmente a sala tem mais pacientes realizando a Fisioterapia ao mesmo tempo. Cada um com um tipo de exercício de acordo com a patologia referida. A Fisioterapeuta fica a disposição para quando precisar dar o apoio. Não é possível criar um vínculo tão grande com o profissional igual ao atendimento particular. Os resultados demoram um pouco mais a aparecer e a clínica e o profissional são focados em conseguir quantidade. A manutenção dos equipamentos é constante e muitas vezes os pacientes acabam por não poder utilizar o equipamento, pois já está sendo utilizado.

O SUS não fica muito longe da realidade dos planos de saúde. A diferença é que em algumas regiões do Brasil, o SUS acaba pagando melhor que muitos planos. Outra diferença que pode ter é nos equipamentos utilizados, que podem ser muito antigos. Além disso, o sistema do SUS geralmente funciona por chamada. Por ter muitos pacientes realizando a Fisioterapia, muitas vezes não há vagas. Então o paciente deve esperar ser chamado para iniciar as sessões de Fisioterapia. Mas essa espera pode ser longa, piorando a situação da patologia.

O que vemos por aí é que por ter plano de saúde, os pacientes acabam não cogitando a ideia de fazer a Fisioterapia em clínicas particulares. Mas esquecem do fato que um tratamento particular acaba sendo mais personalizado. Muitos pacientes conseguem o resultado esperado em apenas 10 ou 20 sessões. O vínculo com o profissional acaba sendo maior, o que ajuda na hora de descobrir algo de errado (saber a história e a rotina do paciente é essencial para o tratamento). Os equipamentos por sua vez, podem ser mais modernos e mais calibrados e o foco desse profissional fica em alcançar a qualidade do atendimento e o resultado.

O que os planos de saúde e o SUS deveriam ter em mente é que os mais prejudicados pelo repasse mínimo aos Fisioterapeutas são eles mesmos. Com um atendimento sem ser personalizado, o paciente acaba por fazer mais sessões de Fisioterapia. Consequentemente, acaba dando mais gastos.
Fonte: Fisioterapia.com

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